SÍNDROME DE PETER PAN
- veramartinski
- 8 de abr. de 2015
- 2 min de leitura
Por que há homens que se recusam a crescer? Eles se recusam a crescer. São inseguros, imaturos, dependentes, irresponsáveis, têm acessos de raiva e dificuldade em manter um compromisso afetivo.Homens adultos que se comportam como adolescentes e se envolvem com mulheres muito mais jovens ou adolescentes. Apesar de não demonstrarem, costumam ter baixa autoestima. Trinta anos atrás, o psicólogo norte-americano Dan Kiley dedicou a eles o livro "The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up" (A Síndrome de Peter Pan: Homens que Nunca Crescem, numa tradução livre). No Brasil, publicado simplesmente como "Síndrome de Peter Pan". A família também tem seu papel. A superproteção dos pais, por exemplo, é um dos motivos que podem fazer com que o homem fuja de compromissos na vida adulta, diz Paulo Gaudêncio. A professora Adriana Marcondes Machado, do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), também lembra que a valorização excessiva da infância, transformando a criança em um pequeno tirano em casa, pode levar a um adulto que não vai ter tolerância alguma com as coisas que vão contra seus desejos. Ou seja, a tirania continua, mas nem sempre o mundo tem a condescendência dos pais. "A superproteção gera pessoas mimadas e despreparadas, que acham que o mundo e as pessoas existem para servi-las. Quanto mais a família protege, mais está ajudando o filho a se tornar uma pessoa inapta para o mundo", diz Cecília. "Para você se tornar adulto, tem de passar, sim, por situações doloridas. Relacionamentos terminam, há contas a pagar, amigos vão embora, rejeições acontecem em várias áreas", afirma. Outras causas que contribuem para que o Peter Pan se manifeste na idade adulta: a valorização extrema da juventude, o temor à velhice e a divulgação na mídia de que há certas coisas que precisam ser feitas. Precisamos viajar, precisamos fazer algo diferente, precisamos de novas experiências. A intensidade do tempo vivido perde terreno para o tempo cronológico.
Vera Martinski

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